Bordo Japonês - Acer palmatum

Acer Palmatum



Origem e Curiosidades: o bordo japonês tem origem no oriente, nos países China, Japão, Coréias, Mongólia e leste da Rússia. Ganhou fama originalmente por sua maleabilidade, que permite transformá-lo facilmente em bonsai, e com isso se difundiu bastante no Japão a partir do século XVIII. Aos poucos outra característica marcante foi notada e apreciada, o que levou-o aos jardins nipônicos: suas folhas mudam de cor conforme a estação, sendo um verde claro na primavera, verde escuro no verão, e no outono as folhas tomam aos poucos um tom marrom avermelhado. Finalmente, no inverno perde suas folhas. Do Japão seu cultivo comercial se espalhou para a Ásia Oriental. Na China, inclusive, sua folha é utilizada como ícone símbolo do outono. No século XIX os ingleses levaram a planta para seu País onde foi classificada cientificamente como Acer palmatum. O termo “acer” tem duas origens, ainda hoje discutidas, pode ser do latim “liso”, ou do celta “duro”. Ambos fazem sentido, pois a casca é bastante lisa, e a madeira bastante dura. Já o termo “palmatum” vem das folhas em formato da palma de uma mão.





Usos e aplicações: além do uso frequente como bonsai é muito bonito como árvore ornamental para pequenos e médios jardins, aceitando inclusive o cultivo em vasos. Seu crescimento é bastante lento – demora até 10 anos para chegar a 5 metros de altura – e quando adulta dificilmente ultrapassa os 7 metros. No Japão as floriculturas costumam desidratar pequenos ramos e inseri-los em buquês de flores, com efeito muito bonito (no Brasil não existe ainda tal costume). Em alguns países europeus as folhas são utilizadas para embalar maçãs, fazendo com que as mesmas tenham uma durabilidade um pouco maior. Existe outro bordo, de origem norte americana que tem seiva muito açucarada e do qual se produz o chamado “xarope de bordo”. O bordo japonês até produz seiva açucarada, mas a quantidade é tão pequena que é inviável a coleta e industrialização.





Cultivo: na natureza é uma árvore de sub-bosque e de bordadura de florestas. Isso quer dizer que cresce com pouco sol ou com sol apenas em parte do dia, mas suporta sol direto (o que afeta seu crescimento). Ocorre naturalmente em uma grande variedade de climas, sendo o mais típico temperado com inverno rigoroso, mas não tem problemas de crescimento em regiões mais tropicais. Portanto, não tem problemas com geadas, mesmo que severas, mas deve-se ter um cuidado: no início da primavera irá emitir brotos tenros, e uma geada fora de época poderá ser fatal. Como é uma planta já cultivada a séculos, no Japão, Europa e América do Norte existe uma infinidade de variedades e cruzamentos, cada um com uma característica especial, porém aqui no Brasil ainda não chegamos a este refinamento. Para cultivo em vasos deve-se sempre optar por um vaso 3 vezes maior que a raiz, onde permanecerá por até 4 anos até ser necessário trocar por novo vaso, 3 vezes maior. O solo – tanto para jardim quanto para vasos - deve ser ligeiramente ácido, de boa drenagem (não suporta encharcamento), e sem secas prolongadas. A planta pode ser podada para adquirir qualquer formato desejado.


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