Orquídea Dendrobium ou Olho de Boneca - Dendrobium sp.





Orquídea Dendrobium ou Olho de Boneca

Dendrobium sp.


Origem: As orquídeas do gênero dendrobium são originárias do sul da Ásia, e foram classificadas apenas em 1799, e originalmente compreendiam mais de 1200 espécies. O nome vem do grego “dendro”, que quer dizer árvore, e do latim “bio”, que quer dizer vida. Isso dá a dica de onde elas gostam de viver: são quase todas epífitas, ou seja, preferem crescer agarradas a troncos de árvores.  No ambiente nativo existem espécies adaptadas a cada clima, desde o tropical litorâneo, clima quente e seco e até mesmo aos climas frios do Himalaia. No Brasil, o gênero está mais presente no sul e sudeste, e em algumas cidades já se popularizou tanto que até em árvores de rua é possível encontra-las, graças ao empenho de orquidófilos e orquidófilas amadores(as), que de forma voluntária distribuem mudas pelas cidades menores.











Usos e aplicações: considerando que existem mais de 1200 espécies, é muito provável que alguma delas tenha propriedades medicinais ou mesmo uso culinário, e talvez ainda se encontre alguma espécie tóxica, contudo no Brasil o uso mais comum é mesmo em jardins, onde se dá preferencia para amarrar as mudas a árvores e palmeiras, utilizando trapos de tecido, que aos poucos irão se decompor, dando tempo para a orquídea emitir raízes e se fixar na árvore. Algumas pessoas gostam de cultivá-las em vasos, mas isto é menos comum, e mais normalmente encontrado em orquidários profissionais.




Cultivo: como existem muitas espécies diferentes recorremos ao apoio do site “Tudo Sobre Orquídeas”, que para fornecer um resumo didático, reuniu estas espécies em grupos:
Grupo I: são os mais cultivados no sul e sudeste, e basicamente os que temos à venda na Flora Monte Claro. Perdem folhas no inverno e devem ser mantidos numa temperatura intermediária ou quente na primavera e verão e fria no inverno. Enquanto em crescimento as plantas devem ser regadas e adubadas generosamente e ter bastante luz, e no inverno a rega deve ser totalmente suspensa e a adubação interrompida, mantendo bastante luz. As principais espécies nesse grupo são: D. nobile, D. chrysanthum e D. wardianum.
Grupo II: também perdem folhas no inverno, mas devem ser mantidos numa temperatura quente o ano todo e mantido seco no período de repouso no inverno. Rega e adubação devem ser abundantes no verão e interrompidas no inverno. As principais espécies desse grupo são: D. anosmum, D. findlayanum, D. heterocarpum, D. parishii, D. pierardi.
Grupo III: de folhas persistentes e que devem ser cultivados como os do Grupo I, mantidos na temperatura intermediária ou quente no verão e fria no inverno. Entretanto, devido ao fato de terem folhas persistentes, eles não precisam de um período seco no inverno, somente regas menos frequentes neste período, por causa da evaporação mínima e da diminuição do metabolismo da planta. Rega e adubação devem ser abundantes no verão. As principais espécies são: D. densiflorum, D. farmeri, D. fimbriatum, D. moschatum e D. thyrsiflorum.
Grupo IV:  É o dos Dendrobiums de folhas persistentes, mas, na maioria, plantas de altitude alta que devem ser cultivadas o ano todo em temperatura fria, com boa luminosidade. A temperatura noturna não deve cair abaixo de 12 graus centígrados no inverno e 15 graus no verão. A rega deve ser suspensa por um breve período de cerca de três semanas após a fase de crescimento, isto é, no começo do outono. As principais espécies deste grupo são: D. dearei, D. formosum, D. lyonii, entre outros.
Grupo V:  também de folhas persistentes, tendo necessidades semelhantes às do grupo IV, mas são cultivados em temperaturas mais altas, isto é, em temperatura intermediária, nunca abaixo de 15 graus centígrados. Este grupo inclui os conhecidos como Dendrobium antílope, em referência às pétalas laterais torcidas. As principais espécies são: D. taurinum, D. undulatum, D. veratrifolium, D. gouldii e D. stratiotes.

Grupo VI:  de folhas persistentes mas que devem ser mantidos em temperatura quente. A temperatura noturna, nunca abaixo de 15 graus centígrados no inverno e abaixo de 17 no verão. A redução de regas após o período de crescimento é necessária para a boa formação da inflorescência. A água deve ser abundante quando a floração começa e diminuída outra vez até o aparecimento de novos brotos. Estão incluídos neste grupo: D. phalaenopsis (também híbridos), D. bigibbum e D. superbiens.

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