ORQUÍDEAS CATTLEYA´S
Cattleya spp.
Origem e curiosidades: Existia na Inglaterra uma localidade
originalmente chamada de “Clareira do Gato Selvagem”. No inglês arcaico,
clareira era “leah”, e gato “catt”, ou seja, o local se chamava Cattleah.
Quando as pessoas começaram a adotar sobrenomes, os nascidos naquela comunidade
adotaram o sobrenome Cattley. Quando se iniciaram as grandes navegações,
descobriu-se um grupo de orquídeas com cerca de 45 espécies, todas nativas da
América Central e América do Sul. Um dos botânicos amadores mais entusiasmados
com a descoberta foi o Sr. William Cattley, que faleceu em 1832, mas não antes
de ser homenageado com o uso de seu nome para aquelas novas orquídeas: estavam
nominadas as Cattleyas. Assim como várias outras plantas, os botânicos
europeus, principalmente britânicos e holandeses, trataram de criar híbridos,
aumentando a variedade inicial, tanto que hoje é impossível saber exatamente
quantos híbridos existem no gênero Cattleya, apenas sabemos que existem plantas
com flores de todas as cores, menos a cor azul (apesar de muitos venderem
cattleyas floridas, de cor branca, mas pintada de azul artificialmente, e
muitos orquidófilos iniciantes caírem no “conto do vigário”). Se isso não
bastasse, as Cattleyas ainda conseguem se cruzar com as orquídeas do gênero
Laelia, aumentando ainda mais a diversidade. Como são consideradas orquídeas de
fácil manutenção, são ideais para iniciante, e devido a sua grande difusão, são
consideradas as rainhas das orquídeas.
Usos e aplicações: o único uso das plantas deste gênero
é ornamental, mas todos que a cultivam sabem que a atividade junto com estas
plantinhas é um bálsamo contra estresse, e quando ela emite suas flores – que
em alguns híbridos chega a 7 polegadas – todos os problemas parecem
desaparecer.
Cultivo: este gênero é considerado o padrão
das orquídeas para se explicar o cultivo. Na imagem ao lado temos algumas
estruturas que são comuns a todas as variedades de orquídeas. Observe que existe
uma “haste” horizontal, que chamamos de rizoma (por isso é chamada de
simpodial, ou seja, rizoma na horizontal – algumas orquídeas têm haste vertical).
Deste rizoma surgem estruturas como os pseudobulbos, que são vitais para se
avaliar uma orquídea. Via de regra, anualmente surge um novo pseudobulbo a
partir da gema de crescimento, e é nele que surgirão as flores. Para que se
tenha flor, é necessário que a planta tenha no mínimo sete anos a partir da
germinação da semente, ou pelo menos três a quatro pseudobulbos. Aliás, como
surge um pseudobulbo por ano, fica fácil calcular quantos anos tem a orquídea
desde sua última divisão, mas lembre-se que o rizoma pode se bifurcar em dois,
três ou quatro, e se isso acontecer, você terá tantos pseudobulbos por ano
quanto forem as gemas de crescimento. Existem pessoas que para fazer mudas,
retiram um pseudobulbo apenas, com um “toco” de rizoma. As vezes até funciona,
mas no geral, a planta morre, e quando não morre, demora mais até quatro anos
para florescer. O ideal é dividir apenas quando se tiver 6 a 8 pseudobulbos,
deixando cada “muda” com 3 a 4, mas isso nem sempre é recomendado: de forma
geral, o número de flores que cada cacho terá depende diretamente do número de
pseudobulbos, ou seja, se você ficar dividindo a planta, nunca terá um cacho de
flores considerável, ou seja, planta pequena, poucas flores. Como a maioria das
orquídeas, as cattleyas e seus híbridos são epífitas, o que quer dizer que na
natureza crescem no tronco das árvores e em ambiente sombreado. Orquídeas assim
utilizam suas raízes muito mais para sustentação que para absorver água e
nutrientes. Por isso, nada de usar terra ou areia nos vasos, ok? Isso abafa as
raízes, que acabam morrendo. A melhor situação é amarrá-la em um tronco de
árvore, mas se não for possível, usar uma mistura de casca de pinus, carvão, fibra de coco, pedra
brita e isopor. Se optar pelo vaso, escolha um com pelo menos o dobro do
tamanho do rizoma, e plante a orquídea de modo que o pseudobulbo do ano fique
no centro do vaso.
Isso dará bastante espaço para ela crescer. A irrigação também
é diferente, pois ela absorve água pela planta inteira, então ao molhar uma
orquídea desta, o ideal é dar um verdadeiro banho – mas cuidado: as flores não
gostam de água! As cattleyas são bastante versáteis com o clima. Uma boa parte
delas suporta geadas e climas bastante quentes, mas nem todas. Na maioria das
vezes não é necessária adubação, mas se desejar, procure adubos foliares
líquidos e borrife sobre as folhas e pseudobulbos, de acordo com a indicação do
fabricante. De resto, paciência, pois as orquídeas geralmente (nem todas)
florescem uma vez por ano, então nada de pressa, ok? E tome muito cuidado com
receitas mágicas publicadas na internet... a maioria é inerte, não faz nada na
planta, mas algumas chegam a prejudicar o desenvolvimento. Lógico que existem
sim algumas que são úteis, mas é uma minoria. Na prática, se você imitar o
ambiente natural, não terá muita dificuldade - e no ambiente natural a planta
recebe apenas água, poeira e folhas das árvores, além de uma boa sombra. Não
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